Powered by Blog - Widget

domingo, 14 de setembro de 2014

O arranque enferrujado do Sporting



O Sporting empatou ontem frente ao Belenenses por 1-1, fazendo o 3º empate neste arranque de campeonato.

Com 45 ataques, 28 remates e uma superioridade na posse de bola, o Sporting podia e devia ter saído ontem de Alvalade com um resultado vitorioso, se não volumoso a seu favor.

Slimani falhou oportunidades. Adrien estava desconcentrado e nada lhe saía bem. Carrillo jogou bem a primeira parte e depois desapareceu, até que foi substituído por Capel.

O fluxo atacante do Sporting foi muito superior ao do Belenenses e seria suficiente para um resultado tranquilo. O que falta? Finalização. O Sporting é uma equipa neste momento uma equipa ineficaz na finalização. Têm organização tática, rigor tático e o posicionamento no campo está excelente. Falta apenas alguma tranquilidade na defesa, que por momentos parece intranquila e falha nos momentos cruciais e falta também a finalização no terço atacante.

Muitos criticam o treinador, outros os jogadores. Acredito que o treinador Marco Silva tem capacidades para "colocar óleo na máquina", apenas tem de fazer algumas alterações.

Opções que podem alterar o rumo do Sporting

Tanaka deu boas indicações na pré temporada. Bom controle de bola e finalização dentro da média. O Sporting jogou sempre num 4-3-3 com dois extremos. Pouco mudou nos últimos tempos, dando ao adversário uma vantagem para conhecerem melhor o Sporting.

Para uns o esquema tático podia mudar. Partilho essa opinião. Em momentos do jogo é necessário ter alguém mais na frente. Mais do que apenas dois extremos para estender o jogo e um ponta de lança. Um 4-4-2 em losango podia alterar e muito a dinâmica da equipa. A equipa não está habituada ao sistema, é certo, mas se o Sporting jogasse com Tanaka e Montero na frente, Nani a médio direito, Carrilo ou Capel a médio esquerdo e André Martins ou Carlos Mané como pivô mais ofensivo. Slimani, finalizador e lutador nato, podia entrar no terço final da partida e assim o esquema mudar para um 4-3-3. Tanaka e Montero saíam e jogavam assim, do meio campo para a frente, William Carvalho, Adrien, André Martins ou Mané, Carrilo ou Capel na extrema esquerda, Nani na extrema direita e Slimani na frente. 

O que isto iria provocar? Uma desorientação defensiva, pois os centrais que tinham como referência dois pontas de lança, iriam passar a ter um que iria arrastar os dois centrais, ou apenas arrastar um e desorientar o outro, criando espaços vazios para os extremos ou o pivô ofensivo entrar.

Esquematizado em imagem :

11 inicial até por volta dos 55/60 minutos


Um 4-4-2 losango com William Carvalho como médio defensivo, Carrilo na direita e Nani na esquerda. Dois pontas de lança (Montero e Tanaka) e um pivô ofensivo que pode ser André Martins, Mané ou Adrien.

11 aos 55/60 minutos


Após 55 minutos de partida, é altura de confundir os adversários, já cansados. Tanaka e Montero saem. Slimani entra para o lugar de Montero. Adrien ou André Martins (depende de quem entrar logo de início) fica no lugar de Tanaka, que será agora um médio interior, e o Sporting passará a jogar num 4-3-3 que está habituado a jogar e que é forte. Nani e Carrillo sobem de médios para extremos. Apenas 2 substituições serão necessárias

Nota: Esta estratégia seria apenas para o jogo com o Belenenses ou equipas similares. Se tiver outra diferente, não critique com palavrões. Critique de forma estruturada, apresentando a sua contra-proposta.

                                  Sporting Clube de Portugal na Champions




2 comentários:

  1. Não me parece que o Adrien jogasse bem a 10.. e não nos podemos dar ao luxo de o pôr no banco. Para além disso o nani e o carrillo tenderiam a posicionar-se no campo como extremos e não médios laterais, o que "quebraria" o efeito surpresa. Poderíamos optar por um 442 clássico com william e adrien juntos.

    ResponderEliminar
  2. O esquema parece-me equilibrado. Mas permitam-me algumas sugestões, e a partir de trás: 1) o William tem de aprender a ser mais intenso no jogo, a defender mais acima (sempre que o faz, o Sporting recupera a bola 10 metros à frente), lateralizar menos no passe ofensivo (aumenta a velocidade, perdendo como é óbvio em controle da posse de bola) e arriscar mais em tentativas de finalização de distância (uma alternativa quase inexistente no Sporting desde que o Ínsua saiu). William para ser um médio de 40M€ tem de evoluir no mix de ferramentas que tem - já não basta controlar defensivamente o meio campo e equilibrar a defesa. Apenas médios com um bom arsenal defensivo/ofensivo valem tanto dinheiro. E sabemos que ele tem boa capacidade para ambas. Utilizar dois avançados significa prescindir de um dos médios. Não concordo tanto com esta opção: Adrien e Martins são complementares - o primeiro tem uma qualidade de passe longo que o segundo não tem, permitindo projectar o ataque a 50 metros da baliza e tem uma meia distância que às vezes parece que se esqueceu que lá está, o segundo tem uma capacidade invulgar de criar lances em poucos espaços em zonas frontais, fruto da sua inteligência, da sua capacidade técnica em espaços curtos - e depois por algo importante: jogando com um avançando muito móvel (Tanaka ou Montero), as trocas de posição com avançado ou extremos confundem muito as defesas adversárias, abrindo espaços para quem chegue de trás. Parece-me também que Montero poderá fazer as vezes de Martins, jogando atrás/lado de Tanaka com efeitos ainda mais destabilizadores. Não tocaria nos extremos - finalmente parece que o Carrillo engrenou e o Nani é de outro mundo. A vantagem de jogar apenas com 3 médios é que haverá sempre um que poderá compensar a subida do outro médio e/ou dos extremos (sobe William, cai Adrien, sobe Adrien, cai William, sendo que Montero/Martins se deixam lá ficar)...Slimani limita a equipa em termos ofensivos e não é um matador eficaz (como ficou provado). Concordo com a versão do segundo tempo.

    ResponderEliminar

Com tecnologia do Blogger.